Os consumidores estão assumindo diversos papéis na sua relação com as empresas. As facilidades tecnológicas tornaram viáveis qualquer forma de expressão midiática. Até comerciais piratas ou remixados estão sendo produzidos fazendo-se uso das marcas e nomes das empresas. Se há qualidade nestas produções é discutível, porém, o que está claro é que elas são uma forma de mídia que pode influenciar pessoas muito além do universo digital.
A internet vem provando ao longo dos anos que quando um assunto atinge sua "massa crítica" torna-se um verdadeiro fenômeno de audiência e não há nenhum controle sobre isto. Porém, a velocidade destas ideias e como elas tornam-se parte da vida das pessoas parece influenciar muito pouco a decisão das empresas em mudar suas abordagens tradicionais mais lentas e mais distantes daquilo que o consumidor conhece como inovador.
Como, então, as empresas podem se aproximar destes consumidores? De que forma tornar-se relevante para eles? A resposta é a mesma de sempre: estreitando seu relacionamento com os clientes. O que mudou é a forma como relacionar-se. Para um consumidor mais exigente, interativo, consciente e plenamente informado a empresa precisa se relacionar de forma direta e verdadeira. Não há espaço para duas versões: se a empresa errou, deve dizer isto ao seu cliente sem meias palavras, sem porta-voz e, de preferência, pelo seu gestor ou presidente. Onde isto deve ser dito? No mesmo ambiente onde este consumidor costuma estar: nas redes sociais, nos blogs, no site da empresa, nos jornais on-line, nas propagandas de tevê, nos podcast.
As pessoas frequentam todos os lugares, físicos e digitais. Se sua empresa quiser, de fato, atingir estes consumidores tem que ter a mão todas as armas de comunicação de marketing disponíveis. A negação em participar deste movimente é perigoso. De acordo com a Analista de Marketing, Nice de Paula*, "com as mídias sociais, as relações se estreitam não mais através de mecanismos controláveis pela organização, mas sim dentro da internet que dá liberdade, unidade e pertencimento aos clientes". O consumidor fala o que quiser, como quiser e a quem quiser, contudo "administrar tal reação demonstra preparo e maturidade para lidar com situações adversas, por parte da organização. Estar fora das mídias sociais não a isentará de críticas e 'ataques' dentro das mesmas e, pior: a impedirá de fazer uma medição da repercussão que isso poderá ter", alerta a analista.
A gestão de uma pluralidade em comunicação de marketing é o importante passo que as empresas devem dar em direção à compreensão da mensagem que atenda as necessidades e anseios do consumidor . A simples presença nas mídias digitais não garante qualidade de relacionamento, mas já é um avanço. A ausência pode ser um erro grave. "A zona de conforto offline é uma ilusão", conclui a Nice.
* fonte: Atalho Cognitivo (http://atalhocognitivo.blogspot.com/2011/07/os-seus-os-meus-os-nossos-clientes.html#comment-form)
Olá, Silvio. Registro o primeiro dos muitos comentários que pretendo fazer por aqui. Muito boa a reflexão. É muito difícil uma empresa se manter longe das redes sociais ou espaços online. É como querer não ver um turbilhão de coisas acontecendo entre oportunidades e ameaças para a própria empresa.
ResponderExcluirMuito interessante a presença da visão de Nice de Paula. Ela tem visões muito interessantes e inteligentes sobre marketing.
Concordo, mas é surpreendente como há empresas querendo ficar alheias a esta tendência. Esta é a razão do post: alertar para inevitabilidade da presença digital das organizações.
ResponderExcluirFaço dos artigos da Nice referências para as minhas reflexões. Sem dúvida, relevantes e inteligentes.
Obrigado pelo comentário. Será sempre bem-vindo.
Silvio, adorei sua reflexão e a maneira que citou o texto do Atalho Cognitivo, então? Mais profissional impossível.
ResponderExcluirRealmente fiquei feliz demais com esse post que considero como sendo um presente. Adorei o comentário do Empreendedorismo Sustentável e fico feliz em ver que meu trabalho está indo pelo caminho certo. Aprendo todos os dias e espero que isso jamais tenha fim porque ninguém sabe demais sobre nada, ainda que seja um especialista.
Eu, realmente, curto seus textos!
Mais uma vez, obrigada de coração =)
"O mundo não é nosso, apenas pegamos emprestado do nossos ", Hebert de Souza - Betinho.
ResponderExcluirEu pego emprestada toda a informação saudável e compartilho.
Sou muito grata aos editores, redatores ,publicitários....tenho aprendido muito com voces.